Dia 28 de outubro comemora-se o dia do Champagne, ou seja, coloque o seu perlage na geladeira e prepare-se para brindar.
Por muito tempo, Champagne foi sinônimo de espumante. Hoje, não é mais, apesar de muita gente ainda desconhecer o fato de que apenas os rótulos feitos na região de Champagne, na França – seguindo todas as regras locais – podem ser chamados assim.
Ou seja, Champagne é um nome estritamente da região de Champagne, nem mesmo os espumantes franceses, de outras regiões, podem ser chamados assim.
O que torna a produção dos Champagnes complexa é a necessidade de duas fermentações: uma para fazer o vinho base e uma segunda fermentação – já nas garrafas – para fazer as bolhas. Esta segunda fermentação em garrafa que é chamada de método Champenoise, na Champagne, e método tradicional por aqui.
Os vinhos espumantes têm diferentes níveis de pressão quanto maior a pressão, mais finas são suas bolhas (perlage).
A região vinícola de Champagne, fica localizada a cerca de 45 minutos – de trem de alta velocidade – de Paris, é destino de muitos visitantes que acabam dando uma esticadinha para conhecer a famosa região francesa, que desde 2015 é considerada patrimônio Mundial da Unesco. Lá, existem diversas caves subterrâneas abertas para o turismo, ponto indispensável para qualquer roteiro enoturístico na região.
As regras são rígidas, mas num resumo bem prático o que realmente precisamos saber é que as uvas para fazer o Champagne são Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, e estas uvas são colhidas um pouco mais cedo garantindo a acidez necessária para manter a tipicidade dos espumantes da região.
Os Champagne mais conhecidos no Brasil são feitos com um corte de uvas e safras, capazes de manter as “misturas especiais” de cada marca. Estes são rotulados como “NV” – não safrados. O que isso quer dizer? De modo geral, quer dizer que não são espumantes de guarda e devem ser consumidos logo.
Já safras excepcionais, dão origens aos espumantes vintages – safrados – que podem ser considerados de guarda e armazenados por cerca 8 a 10 anos.
A cremosidade que encontramos na taça de espumante provém do contato com as borras durante a 2ª fermentação, e esta cremosidade é uma das grandes responsáveis pela riqueza e elegância do Champagne.
O grau de doçura dos Champagnes é classificado de acordo com o nível de açúcar por litro.
Dentre os mais conhecidos por aqui, para você ter ideia, temos o Brut Nature que apresenta até 3 g/l de açúcar, os Bruts que apresentam menos de 12 g/l e os Demi-sec de 32 a 50g/l.
Todo Champagne é de qualidade, isso é fato. Mas existem classificações que os tornam excepcionais, são os Premier Cru ou Grand Cru.
Agora, se você está sem Champagne na adega, coloque um espumante nacional para gelar e comemore a data de qualquer jeito, afinal temos excelentes exemplares brasileiros que merecem nosso respeito.