Como montar uma adega prática e eclética.

Hoje vamos falar sobre como montar uma adega e ter rótulos em casa para todas as ocasiões, claro que o gosto pessoal vai influenciar nas suas escolhas, mas pense em opções para poder variar.

Começaremos falando das ocasiões.
Você precisa de vinhos para abrir sem cerimônia. Deu vontade, saca a rolha! Sem ficar se preocupando em analisar ou mesmo com o valor investido no vinho. Neste caso, ele é coadjuvante e não necessariamente você lembrará da sensação que a bebida lhe causou.

Também existem aqueles momentos especiais e, para esses dias, separamos sempre um ou dois rótulos com mais peso, seja em qualidade, seja em valor. São rótulos especiais que provavelmente você abrirá com amigos especiais ou mesmo sozinho, porque você merece. Neste caso, o vinho será o protagonista e você estará prestando atenção no conteúdo de sua taça.

Além disso, você precisa pensar nos amigos que não gostam de vinho e, para estes, será necessário ter vinhos mais fáceis de beber que não comprometam seu evento.

As ocasiões acima são mais um parâmetro de valor investido e curiosidade em conhecer um rótulo novo.
Falando das escolhas de rótulos propriamente ditas para ter uma adega eclética em casa, você vai precisar de:

Um espumante, seja para celebrar alguma conquista, para refrescar em um dia de calor ou para combinar com algum prato de difícil harmonização. São coringas ótimos, tanto gastronomicamente falando quanto em questão de aceitação.

Os vinhos brancos, são sempre parte importante da escolha. Para uma adega eclética você vai precisar de um rótulo leve, como um Sauvignon Blanc, ou um Vinho Verde e um rótulo mais encorpado como um Chardonnay ou mesmo um Viognier. 

Os Rosés também são uma boa pedida. Gastronômicos e ao mesmo tempo refrescantes, combinam com várias situações. Você precisa provar vários estilos e entender qual o seu preferido, mas não deixe de ter um em casa. Tem dias que eles são a pedida certa. 

Agora entrando nos tintos vamos dividi-los em corpo leve, médio e encorpados. Isso irá influenciar na hora de escolher o que abrir. Momentos mais descontraídos pedem vinhos mais leves, dias mais quentes, também. Os encorpados normalmente exigem de nós um pouco de atenção e, grande parte das vezes, são gastronômicos e pedem por comida. 

Os tintos leves mais conhecidos são os feitos com a uva Pinot Noir, mas você pode optar por algum Gammay ou por algum corte português mais equilibrado e fácil de beber. 

Na categoria de médio corpo existirá um leque muito grande de opções, cabe você escolher os que mais gosta. A maioria das uvas tintas, oferecem tanto rótulos de corpo médio, como encorpados, depende do terroir e das opções de vinificação do enólogo. Você pode escolher um Malbec, Carménère, Merlot ou mesmo um corte. Normalmente, o grau alcoólico escrito no rótulo pode nos ajudar na escolha do vinho, quanto menos álcool, mais leve tende a ser o vinho. 

Agora para preencher o quesito vinho encorpado, de modo geral, você poderá escolher vinhos de uvas mais intensas, com ou sem passagem por barrica de carvalho. Eles tendem a ter mais presença em taça. A Cabernet Sauvignon, Syrah, Malbec, Tannat, Merlot – entre outras – são uvas que podem oferecer este corpo que estamos procurando. Claro que também existem cortes que se encaixam perfeitamente nessa categoria, como os Bordeaux, por exemplo, mas existem outros também, pesquise.

Outro rótulo que você pode ter para completar a sua adega é um vinho de sobremesa, pode ser um “colheita tardia”, um Vinho do Porto, enfim algo que harmonize com a sobremesa, ou mesmo a substitua.

Para achar as opções certas, peça ajuda de um sommelier, anote as suas impressões sobre todos os rótulos que degustar, entenda o que gosta e o que não gosta. Assim com o tempo poderá fazer as escolhas mais adequadas ao seu paladar. 

Lembre-se: no vinho, não existe certo ou errado, bom ou ruim, existe apenas o que você gosta, simples assim!